Remar. Re-amar. Amar ..

"O filme não foi muito bom. Quer dizer, eu não consigo não inveja-los. Dá pra ver o quanto eles se amam e são felizes juntos. E também não consigo não imaginar como seria se ele estivesse aqui, comigo. Mas isso é bobagem. Quando cheguei ao meu lar, a primeira coisa que fiz foi me trocar e me entregar à minha cama. Mas eu não consegui dormir, meus pensamentos corriam livres por tudo e principalmente por ele. Um sentimento desconhecido de muitos tomou conta de mim naquela noite; a saudade. As lembranças começaram a aparecer e eu senti falta das mínimas coisas. Até daquelas que eu nunca pensei que sentiria. Senti falta dos seus abraços, do jeito de arranjar mil maneiras de implicar comigo, de como ele fazia de tudo para me animar quando eu estava triste, de como me fazia feliz, como sempre se lembrava de mim, como eu gostava de apertar a sua mão e de como eu gostava de bater nele. Era incrível como eu confiava tanto nele e lhe contava tudo. Senti falta de sentir as famosas borboletas no estômago. Senti falta de me arrumar para alguém. Senti falta dele reparando na cor das minhas unhas e bagunçando o meu cabelo. Senti falta das suas opiniões e até das broncas e brigas. Senti falta dos olhares trocados em qualquer lugar que estivéssemos. E dos sorrisos. Ah, dos sorrisos! E eu chorei. Chorei sentindo saudades. Mesmo tendo prometido que nunca mais choraria por ele porque já havia chorado demais. Disse a mim mesma que nunca mais derramaria uma lágrima sequer por ele. Mas eu derramei naquela noite. Várias."